O dia começou mais cedo para os treinadores de minibasquete, com o arranque do projecto “treinar com pais e mães” um projecto que se irá desenvolver ao longo da época sob orientação da psicóloga do desporto Helena Gomes e visa a melhor integração dos Pais e Mães na experiência desportiva dos filhos.
De seguida foi a vez de os pais e mães entrarem em “campo”, igualmente no âmbito deste projecto. Neste primeiro momento a formadora pretendeu dar voz às preocupações e objectivos das famílias.
O interesse demonstrado e a participação dos presentes parece indicar que esta foi uma boa aposta e que é um caminho que vale a pena construir. Entre várias questões abordadas o principal foco recaiu na importância de tornar claros e conhecidos os objectivos do treinador e do clube aos pais e mães e encontrar pontos de acordo para que sejam partilhados por todos. Foi ainda vincado o papel fundamental da comunicação na relação treinador-pai/mãe.
Dos treinadores surgiu ainda a ideia de se criar um espaço de interacção e intervenção online, no âmbito deste projecto. Os pais e mães atribuíram importância à realização de actividades que os incluam ao lado dos filhos.
No período da manhã os treinadores tiveram ainda oportunidade de assistir a uma acção do treinador Sérgio Rosmaninho, de Évora, numa partilha de ideias e formas de trabalho para o escalão de minis.
Durante a tarde decorreu a formação para dirigentes.
António Carlos, Director de Marketing da Liga de Clubes de Futebol, explicou a importância da imagem e da divulgação para o sucesso de qualquer actividade.
Trouxe algumas ideias e sugestões na procura de outros modelos de competição salientando a importância da competição informal.
No que se refere à conquista de meios, sugeriu a utilização das novas tecnologias com diversos exemplos e destacou a importância de se avaliar e definir a dimensão do projecto/actividade no momento de solicitar apoio, tendo em atenção a implantação geográfico-social do mesmo.
Adriano Baganha apresentou uma visão global dos problemas do sistema desportivo nacional referindo alguns pontos que são fortemente limitativos do desenvolvimento desportivo: a falta de infra-estruturas desportivas nos locais de maior concentração de população, o pagamento de espaços escolares para treinos de formação com atletas em idade escolar, a falta de medidas que favoreçam o apoio ao associativismo desportivo…
Constatando que o clube é a verdadeira célula mobilizadora da prática desportiva, foi vincada a necessidade de criar uma estrutura organizada e com preocupações ao nível da coordenação dos vários sectores, a importância da comunicação entre os diferentes agentes dentro do clube, e finalmente a necessidade vital da elaboração de um documento escrito - plano de actividades - com objectivos do clube e rumo e medidas para os atingir, fruto de uma análise e avaliação da situação “ponto de partida”.
Estiveram presentes nesta jornada de formação 48 formandos, entre treinadores, pais e mães e dirigentes da Associação Académica de Coimbra, Basket Clube de Cantanhede, Olivais Futebol Clube e Clube Portugal Telecom.